Mapa Astral

Estima-se que a Astrologia surgiu há mais de 6 mil anos, quando o ser humano passou a relacionar o movimento dos astros com os acontecimentos na Terra, tanto da natureza quanto da vida de pessoas, grupos e povos. Documentos históricos atestam que o interesse pelo Céu vem acompanhando inúmeras civilizações: sumerianos, caldeus, assírios, egípcios, os povos do Extremo Oriente, indianos, incas, astecas, gregos, romanos e outros já conheciam e interpretavam essa linguagem.

O conhecimento astrológico baseia-se no Princípio da Correspondência atribuído ao sábio Hermes Trismegisto – que viveu no antigo Egito, contemporâneo de Abraão. Conforme esse Princípio (e Lei Universal), existe uma correspondência entre as leis e os fenômenos dos diversos planos da Existência e da Vida: “O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.”

A Astrologia teve consequências profundas e duradouras na história da humanidade. É uma ciência de caráter natural e integrativo (integra aspectos físicos, empíricos, simbólicos e espirituais). Atravessou épocas, crenças religiosas, sistemas sociais e valores culturais.

[…] inegavelmente, a Astrologia foi a mãe da Astronomia. O interesse pelo Céu que os antigos tiveram, como os povos babilônios, os egípcios e mesmo os chineses, era baseado na preocupação de fazer o cálculo e a previsão dos eventos na Terra. Isso, fundamentalmente, tinha uma motivação astrológica.” (Oscar Matsura, astrônomo, no livro “Astrologia – Uma Novidade de 6.000 Anos”)

Para compreender a Astrologia e usufruir desse conhecimento é preciso conhecer sua linguagem simbólica, que inclui os 4 elementos (fogo, terra, ar e água), os 12 signos, as 12 casas zodiacais, os 7 planetas e suas interrelações.

É um instrumento valioso que integra razão e intuição. Seu propósito mais profundo é alcançar a fonte divina ou sagrada que fala em cada um de nós, mas que temos dificuldade de acessar porque nos falta a compreensão das conexões entre o mundo interior e o mundo físico (ou exterior) e a confiança em nossas próprias intuições.

Os astros representam inclinações, mas nunca impõem um comportamento ou destino inexorável. O Mapa Natal nos ajuda a reconhecer tendências individuais e características de personalidade – não como determinismo, mas como possibilidade de autoconhecimento para um desenvolvimento pessoal com autonomia e livre-arbítrio.

A Astrologia valida e incentiva a transformação pessoal. Existimos e somos em participação com a Vida. Passamos por inevitáveis transformações, mesmo sem ter consciência delas.

Sobre a Astrologia, é possível adaptar as palavras de C. G. Jung ao final do prefácio de “I Ching – O livro das mutações”: Não oferece fatos nem poder. Para alguns, seu espírito parecerá claro como o dia; para outros, sombrio como o crepúsculo, e para outros ainda, obscuro como a noite. Aquele que não a aprecia não precisa usá-la, e aquele que é contra não é obrigado a considera-la verdadeira. Que a deixem seguir para o mundo em benefício daqueles que sejam capazes de discernir seu significado.

 

Paula Diniz é astróloga, coach, jornalista, facilitadora de Diálogo.

 

Referências:  

“O Caibalion: estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia”

“Astrologia – Uma Novidade de 6.000 Anos” – Maria Eugênia de Castro

“I Ching – O livro das mutações” – Richard Wilhelm

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